terça-feira, junho 10, 2008

E assim vai decorrendo o Euro 2008...


Ora bem, não terá início nenhuma rubrica pois provavelmente esta será a unica vez que me irá apetecer fazer isto, mas proponho-me agora a analisar breve e concisamente a 1a jornada do presente Euro 2008, competição que decorre nos indiferentes Suiça e Áustria.


Grupo A: Suiça, Portugal, Republica Checa e Turquia

Quanto ao jogo inaugural da competição, onde o futebol praticado foi mais terrífico que os comentários do Prof. Jesualdo Ferreira ao serviço da TVI, a Suiça deu-nos a conhecer mais uma ramificação da sua neutralidade, a sua qualidade futebolística, ao perder por 0-1 com uma Republica Checa que sem Nedved e Rosicky demonstrou mais uma vez que nada lhe acontece de bom desde que deixou de ser Checoeslováquia... mas enfim, perante 11 elemantos cujos pés têm a forma de toblerones deu para ver que até meia-nação basta para ganhar.

Relativamente à vitória de Portugal, do Deco e do Pepe (a propósito, sugiro à FIFA e à UEFA que cada golo marcado por um naturalizado valha apenas 1/2 golo e que, caso esse naturalizado seja brasileiro valha apenas 1/4 de golo), não há muito a dizer, já que fomos vastamente melhores do início ao fim, perante o unico país árabe que participa no Euro. Já tinhamos um melhor Deus, agora ficou provado que também temos um melhor futebol.


Grupo B: Áustria, Alemanha, Polónia e Croácia

O Áustria - Croácia, jogo inaugural do Grupo B e primeiro jogo disputado em terreno austríaco, onde nada de relevante acontece desde Mozart, foi mais uma prova de que pedir aos países organizadores deste Euro para terem uma boa prestação é mais descabido que pedir ao João Lagos para chegar à final do seu Estoril Open e derrotar o Roger Fedderer, depois de bater o Rafael Nadal na meia-final pelos parciais de 6-0 / 6-0 a jogar apenas com um braço empunhando um mosquiteiro no lugar de uma raquete... coisa que é capaz de não estar para breve. Ou seja, não espantou a vitória de uma muribunda Croácia com um golo solitário marcado por um dos trabalhadores da SOMAGUE, de seu nome Modric.

No outro jogo do grupo a Alemanha bateu a Polónia com 2 golos de um polaco, que para bem da verdade desportiva ou teriam de ser considerados 2 auto-golos ou então teria de se considerar que, ainda que marcados na baliza da Polónia, esta vencera o jogo por 2-0. Mas neste mundo global das naturalizações, onde esta divisão fictícia por países já não faz qualquer sentido, a suposta Alemanha bateu naturalmente os mineiros polacos por 2-0.


Grupo C: Holanda, Itália, França e Roménia

Ontem á tarde podemos assistir ao primeiro jogo daquele que foi chamado como o "grupo da morte", designação que desde logo foi justificada após França e Roménia se terem apresentado em campo com 11 mortos-vivos de cada lado, tal foi a pobreza futebolística daquele que terá sido até agora o pior jogo da presente edição do Euro, que culminou com um pachorrento 0-0.

O prato forte do dia estava reservado para a noite, com o primeiro clássico da competição, um Holanda - Itália. Ora uma Holanda excessivamente elogiada limitou-se a ser prática perante uma Itália que sempre tem sido carregada ao colo e que representa desde sempre um dos maiores bluffs da história do futebol, aliás tal como o mediano FCP de Jesualdo Ferreira. Digo-o porque, há excepção do fabuloso e já reformado Roberto Baggio, a mediania dos atletas italianos sempre foi tal que qualquer mendigo da equipa de futebol da CAIS relegaria para o banco um qualquer Ambrosini ou Di Natale. Não espanta portanto o 3-0, espanta sim os muitos 3-0 que a Itália já devia e merecia ter encaixado ao longo da história.


Grupo D: Grécia, Espanha, Suécia e Russia

Ora a unico aspecto que eu gosto na Espanha são dois aspectos, um chama-se Salvador Dali e o outro é porque quando estou mesmo muito em baixo penso "epa deixa lá, há coisas piores, podias ser espanhol..." o que me abre logo um sorriso mais largo que o canal do Panamá. Portanto nuestras hermanas cilindraram os 11 Dostoiévskis de Guus Hiiddink por uns copiosos 4-1. É que a profundidade de pensamento no futebol conta pouco, apenas a de passe, se não enquanto reflectimos corremos o risco de um qualquer cão danado chamado Villa nos espetar com três paellas no bucho.
Aliás, se a final for um Portugal - Espanha proponho que o Sócrates e o "Mas porque no te callas?!" façam uma aposta onde quem ganhar anexa o país ao outro, o que é para nós uma "win win situation2 já que se ganharmos deixa de existir Espanha e se perdermos eles herdam a nossa crise.

Por fim, já esta noite assistimos ao Grécia-Suécia. Ora apesar dos gregos terem inventado a homossexualidade eu tenho-lhes muito respeito, não só pela sua história e por nos terem ganho na nossa própria casa, mas também porque não fossem eles e Portugal seria sempre dono e senhor do ultimo lugar de qualquer estatística publicada pela CE. Parece que desta vez os deuses não estiveram com eles e levaram 2 ameixas da equipa do IKEA (empresa que aliás construiu todos os estádios deste Euro em folha de PVC).

E assim vai decorrendo o Euro 2008...

1 Comments:

At 1:10 AM, Blogger jakín said...

Muito bom, muito bom...

Fazia falta a análise mordaz acerca da 2ª e 3ª jornada mas esta já valeu por umas tantas rondas...

Patrioticamente falando, se na 2ª ronda conseguimos demonstrar ser melhorzinhos que meia nação, já no último jogo fomos neutralizados pela nação mais neutra da história mundial...
Deixo-te estas dicas de borla, vá...

 

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