Ontem cheguei já tarde...
Repousavas vestida de morte...
Entre lábios secos te antecipaste:
- É p´ra combinar com a minha falta de sorte...
Afastei um pouco o escuro e sentei-me...
Desci a mão... cabelo seco e testa gelada...
- Que fazes? Porque morres?
Já uma lágrima mergulha na tua face encovada...
Ainda não podes ir!
Há tanto que tenho de aprender...
Nunca chegámos a essa lição...
Não me ensinaste que te iria perder...
Meu pano de fundo...
Em que vazio me vais deixar...
Beijas-me no teu ultimo sinal de vida...
Partes... sem saber que acabas de me matar...
Este não é um texto pesado
O porquê é fácil de explicar...
É que pesado não é qualquer peso...
Somente o que não se consegue suportar.